30 de novembro de 2010
27 de novembro de 2010
26 de novembro de 2010
por existires
Não tenho tido silêncios vazios,
mas agora um espaço enorme, clamando presença, grita dentro de mim...
Close cover de Wim Mertens
o Ego
levanta-se e insurge-se, tentanto ser o que outrora foi, dominar, brilhar, reinar. Mas eu, atenta, ignorando-o, não o alimento...
e repito para mim: sou o que sou!
e repito para mim: sou o que sou!
23 de novembro de 2010
Bolas!
Tentei, pensei, suspirei, medi, senti, tentei, parei, decidi e respondi!
E no mais soft que pude parece que ainda assim fui implacável... tanto que nunca mais se ouviu um pio! E lamento ter razão, esperava bastante mais desta pessoa...
De repente
e quando em evidência sinto que te preciso, apetece-me fazer-me pequenina... e adormecer-me acordada no teu colo!
21 de novembro de 2010
No caminho e aparentemente sempre a perder! Até um dia...
Sobreviveu… acabou! No campo de batalha, duma guerra onde até já nem os dias eram contados, entre as brumas de uma nova madrugada cinzenta e fria até aos ossos. Sem sentir o sangue que escorre num fio, feito rio, no leito das temporas, ignorando as mãos doridas de tantos golpes de espada, os olhos vagueiam sem pensar, nem ver, os cadaveres que jazem escuros no chão. Com uma resistência, que se apaga, levanta ligeiramente a cabeça e percebe a bruma que se passeia como a penar, como nuvens que desceram para transladar… Em silêncio, nem o vento geme! Em silêncio, vindas da fome e da guerra, lágrimas secas enchem o seu olhar…
Sobreviveu… acabou! Recorda os adversários derrotados, a vitória sabe-lhe a fel! Perdeu tanto que nem se lembra do que ganhou! Do que ganharam todos aqueles que perderam também a vida. Mas sabe que no meio das trevas a luz cega e que pela luz se desce e se atravessam as trevas… Tão cansado que nem tem força para pousar a espada! A vida parece-lhe vazia, inocupada, fria. A vida são as cinzas das casas onde se lutou, das casas onde se cresceu, das casas onde se amou. As cinzas são férteis para o terreno. As cinzas são infinitamente tristes e o seu peito molha-se de lágrimas não choradas...
Acabou, ... acreditava que chegaria ao fim vitorioso e exausto, mas nem percebe como afinal sobreviveu! Acabou... não tarda começa um novo dia, aparentemente apenas mais um dia, mas desta vez tão totalmente novo!
ao som de Adagio for Strings,OP.11 de Samuel Barber
19 de novembro de 2010
nos-t-algia
O meu coração tropeça
e ao som e no tempo do vento nas arvores
Humility de Wim Mertens, foto de Henry Cartier-Bresson
10 de novembro de 2010
9 de novembro de 2010
4 de novembro de 2010
(suspiro)
Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro;
a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz.
Platão
Silloner, abrir sulcos no caminho
Apetece-me materializar a chuva no meu corpo, que se junte e escorra em cascatas sinuosas balançadas pelo vento. E com a pele nua correr, abraços abertos, cabelos em sinais...levantar esteiras de água, leques rasgados nos muros espessos que se formam. Inverter a polaridade das gotas, atrasar-lhes a queda, moldar-lhes a forma, a força e a consistência. Transformar o muro num vestido animado.Sentir-me àrvore, terra e sentir-me onda a galgar a terra. Sentir-me àguia a fatiar a atmosfera, sentir-me vulcão e sem aquecer, mas sem poder parar, eclodir no ar.
1 de novembro de 2010
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