16 de janeiro de 2015

V (cinco)

consigo consigo

O caminho atrás da porta

A porta está aberta, assim como o caminho livre
Não andas porque só vês as sombras e não a luz
Não sorris porque só pensas no mal e não no bem
Não respiras porque só te apertas e condenas

A porta parece aberta, assim como o caminho livre
Os teus pés enfiam-se no chão
O teu corpo arrefece e definha
A tua alma paralisa porque acreditas que tens de pagar

A porta não se vê, assim como caminho agora íngreme
Paraste no tempo e o tempo passou
Tiveste medo do sol e a noite chegou
Congelaste o presente e a vida gelou

A porta agora aperta, o caminho parece diluido num vazio...

A professora

ficou AFECTIVA perto de casa, que sorte!

15 de janeiro de 2015

Circulares cíclicas e caóticas


Saem-me verdades como sai a nossa essência pela pele
Caem-me verdades como gotas de chuva que trazem oceanos

A perspectiva roda mais uma fração de movimento
Mudam as luzes, não há ontem nem amanhã, apenas o agora por mais um tempo
Mudam as sombras, mudam as cores, mudam os sentidos
O que está antes permanece e o presente acrescenta
Fica mais rico o conteúdo de cada detalhe e carrega consigo evolução
Muda a quantidade de conhecimento, parece mais perto da verdade a realidade
Mudam as prioridades, mudam as importâncias, até nova perspectiva e aí...

Saem-me verdades, caem-me verdades...

Geometria da vida



Os losângulos, as dimensões, os multiplos, as repetições
As concavidades, as superficies lisas, os hiatos, as ligações
O pulsar sincronizado sem luz, a temperatura em silêncio
O equilibrio aparentemente caótico de tudo o que é perfeito

5 de janeiro de 2015

Cem vezes


Para continuarmos na luz às vezes temos de pôr a mão na sombra
Para manter a paz temos de fazer guerra
Às vezes para valorizarmos a felicidade temos de experimentar a tristeza
Para conseguirmos sorrir às vezes temos de ter feito má cara
Para estarmos com outros temos de estar connosco
Às vezes para sentirmos amor temos de o conseguir dar