27 de setembro de 2015


As pessoas não sabem amar. Preferem amargar em vez de beijar. Preferem dar uma bofetada em vez de acariciar. Talvez por saberem a facilidade com que o amor pode correr mal, tornar-se subitamente impossível... impraticável, um exercício de futilidade. Então evitam-no e procuram consolo na angustia e no medo, na agressão, que estão sempre ali e prontamente disponíveis, Ou talvez às vezes... apenas não saibam todos os factos.

A raiva e o ressentimento podem impedir-te de seguires em frente. É o que agora concluo. Não precisam de nada para queimar a não ser o ar e a vida, que engolem e sufocam. É real a fúria, mesmo quando na realidade não tenha razão de existir. Ela pode mudar-te... virar-te... moldar-te e tornar-te em algo que tu não és. O lado bom, no entanto, é a pessoa em que te tornarás. Um dia, esperemos, acorda-se e percebe-se que não se tem medo desta caminhada. Sabe-se que a verdade é, na melhor das hipóteses, parte de uma história contada, Essa fúria, assim como o crescimento, vem por surtos e crises e no seu rasto deixa uma nova oportunidade de aceitação e a esperança da serenidade.

Mas, que sei eu? Sou apenas uma criança!

in  The Upside of Anger de Mike Binder

Vende-se

apartamento com aguas FRUTADAS!

12 de setembro de 2015

Um passeio, uma voltinha


Dois centímetros acima do chão, sem sentir as pedras do caminho, num estado de benção
Dois quilos abaixo do peso, sem sentir a força nos ossos, num estado suspenso
Dois metros mais flexível, sem sentir restrição, num estado livre e impossível
Dois minutos mais em cada hora, sem sentir qualquer pressão, num estado anestesiado
Dois degraus na emoção, sem sentir que me preocupo, num estado de paixão

Desculpe

intercala-la....

(Calar-me internacionalmente ou entre algumas coisas?)

Viver...


 sobra-me a vontade, mas falta-me o jeito!