21 de novembro de 2016

vamos todos



Num mesmo rio que se desloca inevitavelmente para a foz viajam águas sujas, águas limpas, sementes, rebentos, raízes e também folhas mortas, troncos secos. Viaja o frio e o quente.
Cada um dança com quem quer ficar e num instante a corrente nos muda e vamos  para outro lugar... ou ficamos ali a lutar.
Vamos como uma molécula ou como uma memória ou continuamos a ir temporariamente em conjunto.... numa deriva que de alguma forma conseguimos seleccionar, mas sujeita ao vento, ao estado do céu, ao leito das terras.... e que apesar dos gostos, das posturas e das essências continua teimosa e inevitavelmente para a foz.