17 de março de 2010

Voos rasantes

Planem aves no céu
Corram ventos pelas copas das arvores
Desenhem espirais e cornucópias
Sem parar, sem descansar
Num vicio-ritmo sempre a recomeçar
Desenhem vertigens no ar, quedas livres
Assumam o controle das subidas e descidas
Façam rastos de movimentos rápidos
Ai, e depois também quero ir
Deixar tudo e concentrar-me nas forças da física
Nas acelerações e paragens abruptas
Controladas, sem guias, assim livre no ar
Abanar, agitar o universo, o céu todo rasgar
Sem sequer lhe tocar.
Quero apressar o tempo, abrir caminhos
Ter tudo a que tenho direito, sair daqui

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