16 de abril de 2010

Ser


Sou bandos de borboletas e tu és o vento. Sou também o brilho do mar ao fim do dia, as ondas fustigadas que não param de cantar. Sou o sussurrar das colinas que te ecoam, sou cabelos a dançar. Sou aquela sensação no peito que não nos deixa descansar. Sou a vida, sou todos os sentidos e sou também o tempo que não pode parar.

Sou as searas do Verão e tu és a chuva. Sou também o brilho das gotas na folhagem, a força de um amanhecer que vai despontar. Sou a impalpável  evaporação do solo que em ti se vai tornar. Sou aquela urgência sem pressas de tudo querer aproveitar.Sou a vida, sou todos os sentidos e sou também o tempo que não pode parar.

Sou a lua, és o sol e nós os dias. Sou também o inspirar que nos enche a alma e o sorriso que começo e tu acabas. És a mão que torna a minha alcançável. Somos aquela eternidade que ultrapassa os limites de nascer e morrer. Somos a vida, somos todos os sentidos. Sou efémera, és efémero e nós? ...Nós somos eternos!

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