13 de maio de 2017

libertar-se


As minhas sombras libertam-se e voam como corvos para outros destinos
As minhas vestes perdem o peso, deixarão de engolir a luz?

Caminho, ainda e sempre, e sinto que ganho por perde-las
Ignoro o medo de não saber como irá ser, mas sei que é agora o momento
Refreio a vontade de olhar e de as travar, deixa-las partir… acreditar

Os meus horizontes existem e não se definem ainda
A aurora está cheia de promessas, será que a deixarei cumprir?

Acredito, ainda e sempre, na relatividade do tempo e do espaço
Percebo as confluências e a ubiquidade do destino e do livre arbítrio
Solto as rédeas à continuidade e à vida, deixa-las ser… caminhar