28 de maio de 2010

Um momento suspenso

Sinuosamente, pelas ruas, num taxi. Estranho a sensação de ser conduzida. É noite, escura como o receio, rumo a um diagnóstico. De repente vejo a lua tão brilhante, ali. Não fazia ideia que era lua cheia! Pensei: ando a olhar demais para dentro! E vi as correntes que se desenham no leito do rio, as luzes belas das margens, as àrvores cheias de folhagem verde que passam umas atrás das outras e a temperatura amena que está. E eu que tinha precisado do casaco de lã! Passou. Ficou na memória a sensação de que sou uma pessoa como tantas outras, assim incógnita, num carro, numa viagem, no mundo. Pensei que cá está: envelheço! E que, como toda a gente e em derradeira análise, estou entregue a mim mesma. Não me sinto mal, sinto-me segura, sinto-me reconfortada porque acho que, felizmente, estou bem entregue...

3 comentários:

  1. Nesse percurso, à noite, tenho sempre a sensação de estar dentro de um filme...e acho que não podias estar mais bem entregue ;-)

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  2. Conclusão à Matinal: se eu não gostar de mim, quem gostará. É uma sensação de liberdade grandiosa e o cenário... perfeito! Adoro esse estado de espírito - reconfortante, deveras. :)

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  3. I
    É, quase que se percebem os fotogramas. Obg ;-)
    Inha
    Gosto da tua boa disposição :-)

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